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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Química Forence: A serviço da investigação criminal.

Depois que surgiu a série CSI NA TV aberta, as pessoas ficaram curiosas com as praticas utilizadas pelos agentes para desvendar os mais obscuros crimes. Usando física, Química, biologia e outros conhecimentos ciêntificos para encontrar os criminosos CSI virou febre. Mais como surgiu a Química Florence? O estudo de ciência forense teve início quando o Professor Henry Holmes Croft testemunhou quanto ao homicídio cometido pelo Dr. William Henry King. O Professor Croft testemunhou que tinha encontrado onze grãos de arsênico no estômago da Sra. Sarah King. Como conseqüência, o Dr. King foi condenado pelo assassinato de sua esposa. A meta principal da ciência forense é prover apoio científico para as investigações de danos, mortes e crimes inesplicados. A ciência da química forense lida com substâncias como tinturas, vidro, solos, metais, plásticos, explosivos e produtos derivados do petróleo.
Um princípio básico da química forense é o fato irrefutável de que todo e qualquer tipo de contato deixa um rastro. Se uma colisão seguida de fuga ocorresse, haveria transferência de pintura; se um assaltante quebrasse uma janela de vidro, seriam achados pedaços do vidro em suas roupas; o disparo de uma arma deixaria resíduos de pólvora nas mãos do usuário.
Os químicos forenses primeiramente encontram as pistas. Essas pistas são então analisadas e seu significado é determinado. Em um caso de um acidente envolvendo atropelamento e fuga, traços de pintura automobilística nas calças da vítima foram detectados como sendo de uma pintura metálica prateada. Dos pedaços de vidro encontrados na vítima foi determinado que a janela traseira do carro tinha sido estilhaçada no impacto. Também foi observado que havia uma impressão parcial de um logotipo da Datsun nas calças da vítima. Com estas evidências, o veículo foi localizado rapidamente.
A mais recente contribuição da química para o trabalho forense veio com as técnicas de perfilamento de DNA. Este método tem a capacidade de identificar uma pessoa através do código genético com qualquer pedaço de tecido, com certeza virtual.
Uma única investigação em um laboratório forense pode envolver muitos tipos de cientistas. Há químicos, toxicólogos, biólogos, biólogos moleculares, botânicos e geólogos, só para mencionar alguns. Estes detetives "cientistas " montam um quebra-cabeça muito difícil para formar um quadro do crime.
A ciência forense no mundo continua crescendo e se expandindo. Hoje há nove ciências forenses principais. Assim, quando você ler uma manchete onde um grande caso foi resolvido e foram achadas muitas respostas, tente pensar em toda a ciência e cientistas, inclusive químicos que ajudaram a resolver o caso.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Carbono 14.

Isótopos são átomos de um elemento químico cujos núcleos têm o mesmo número atômico designado por "Z", mas que contém diferentes números de massas atômicas, designadas por "A".
No caso do Carbono temos os isótopos Carbono 14 (14C) e Carbono 12 (12C). Observe abaixo que, o número atômico Z (localizado à direita) é o mesmo = 6. Mas o número de massa A se difere entre 12 e 14:


A partir de um isótopo do carbono é possível decifrar a idade de fósseis antigos, sabe qual? Carbono 14. Este isótopo está presente em tecidos vivos e constitui um elemento radioativo instável, que decai a um ritmo lento a partir da morte de um organismo orgânico.

Já o Carbono 12 é aquele encontrado na composição do diamante, da grafite, do aço, ou seja, de substâncias inorgânicas.

Nosso objetivo principal neste contexto é destacar a importância histórica do 14C. A quantidade de carbono 14 dos tecidos orgânicos mortos diminui a um ritmo constante com o passar do tempo, ela se divide pela metade a cada 5.730 anos (meia vida do carbono). Sendo assim, é possível datar fósseis baseando-se na medida dos valores do isótopo radioativo.

A técnica do carbono 14 para o estudo de cadáveres antigos é aplicável a sedimentos orgânicos, ossos, conchas marinhas, etc. Mas existe uma exigência para que a datação seja precisa: as amostras precisam ter no máximo 70 mil anos de idade, pois a quantidade de 14C diminui com o passar do tempo. Após este período, a determinação da idade do fóssil através desta técnica já não é tão eficiente, e os arqueólogos então se utilizam de outras mais apropriadas.

2011: Ano internacional da Química.

Em sua 63ª Assembleia geral, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) juntamente com a IUPAC (União da Química Pura e Aplicada), proclamaram 2011 como o Ano Internacional da Química.
Existem muito motivos para comemorar durante esses 365 dias desta ciência emocionante e extraordinariamente rica. Afinal, a Química está por toda a parte: a começar pelos elementos químicos e pelos átomos que compõem toda a matéria existente. A química transformou a agricultura, melhorando os fertilizantes; transformou os meios de comunicação e os transportes, proporcionou mais resistência para as aeronaves espaciais e também favoreceu o avanço na medicina e na expectativa de vida das pessoas.
Nenhum destes progressos seria possível sem a Química. Por estes e outros motivos, a Química precisa ser pensada, vivenciada e transmitida todos os dias. Principalmente pelos jovens que estão ingressando agora neste mundo tão maravilhoso e vasto.
Pensando nisto, a UNESCO e a IUPAC recomendam que as atividades planejadas pelas instituições educacionais para este ano, devam ter por finalidade:
  • Aumentar o reconhecimento da Química como ciência indispensável para a sustentabilidade;
  • Gerar entusiasmo pelo futuro criativo da Química;
  • Aumentar o interesse dos jovens por esta ciência;
  • Comemorar o 100° aniversário do Prêmio Nobel recebido por Marie Curie;
  • Comemorar o 100° aniversário da Fundação da Associação Internacional das Sociedades Químicas.
Assim, aproveitemos bem este ano – e todos que virão pela frente também – para promover o importante papel da química como fonte de contribuição nas soluções para os desafios globais, melhorando a compreensão e a valorização da sociedade por esta ciência e intensificando o interesse dos jovens em torno das disciplinas científicas.

Em 2011 será comemorado o 100° aniversário do recebimento do Prêmio Nobel de Química por Marie Curie. foto acima.